Soneto de Finados...



Lembramos nossos mortos neste dia
que consagramos tristes aos finados;
passaram para o Além e a lájea fria
apenas guarda os corpos sepultados.

Hoje tudo é perpétua nostalgia...
Ouvem-se preces, prantos desolados,
um porquê inexplicável excrucia
até os corações mais resignados.

Dos páramos celestes desce a luz,
iluminando a terra que se habita;
e a verdade mais crua se traduz

pela certeza natural e aflita
que fatalmente a todos nos conduz
à noite eterna... trágica... infinita...


Soneto de Finados - Ialmar Pio Schneider ou... Menestrel sem Juizo


Mais um belo sonteto seu, querido amigo, que tomo a liberdade de publicar aqui.


1 comentários:

Anônimo 31 maio, 2009 01:55  

SOLIDÃO A DOIS------Mergulhar no esquecimento/ quando a noite ainda tarda,/ afastado do tormento/ e a viver numa mansarda...// E longe do burburinho/ da turbamulta exaltada,/ não pra se ficar sozinho/ mas junto com a bem amada.// Oh solidão concebida/ és meu desejo ideal,/ pois confortando-me a vida/ talvez curasses meu mal.”------------IALMAR PIO – ver no www.google.com.br-- – POESIAS E CRÔNICAS DIVERSAS

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aos (im)possíveis leitores

"Quem és tu que me lês? És o meu segredo ou sou eu o teu?"
Clarice Lispector

sobre mim...

“Sempre tive a sensação de mal-estar no mundo, uma sensação de não caber no meu espaço, um desconforto diante de meus pares – eu me pergunto: tenho pares? Eu sabia que em mim há uma mulher que tento esconder ferozmente. Tenho medo que as pessoas identifiquem meus excessos, essa quantidade absurda de pernas e braços que camuflo sob a roupa que visto. O que diriam se soubessem das muitas que vivem em mim e tentam bravamente, numa luta corporal, projetar-se do meu corpo? Tomar-me-iam por uma aberração?”

Clarice Lispector