São longas as horas...

São longas as horas que passo sem ti. Cada folha que cai, sinto-a como uma lágrima de saudade! A minha alma, como uma árvore que se prepara para o inverno, encontra-se quase despida do manto de ternura que me deixaste da última vez que estivemos juntos. Já preciso da primavera que é a tua presença. Do sol que é o teu sorriso, das estrelas que são os teus olhos, dos pássaros que são tuas palavras e das flores que são teus beijos! Só as tuas benditas mãos me podem massagear a alma de tão tolhida que está pela aridez da tua ausência. Vem para mim com a inexorabilidade do tempo, para que não falhes! Aguardo-te com a impaciência do renascimento...


Maria Branco

1 comentários:

Anônimo 07 abril, 2006 20:54  

...ah, minha amiga...quantas incertezas!!! Inúmeras vezes me encontro em ruas de amargura...tenho buscado conforto em suas palavras.
Obrigada por sem a menor das intenções, conseguir traduzir toda minha dor!!!
bjs
TELMA

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aos (im)possíveis leitores

"Quem és tu que me lês? És o meu segredo ou sou eu o teu?"
Clarice Lispector

sobre mim...

“Sempre tive a sensação de mal-estar no mundo, uma sensação de não caber no meu espaço, um desconforto diante de meus pares – eu me pergunto: tenho pares? Eu sabia que em mim há uma mulher que tento esconder ferozmente. Tenho medo que as pessoas identifiquem meus excessos, essa quantidade absurda de pernas e braços que camuflo sob a roupa que visto. O que diriam se soubessem das muitas que vivem em mim e tentam bravamente, numa luta corporal, projetar-se do meu corpo? Tomar-me-iam por uma aberração?”

Clarice Lispector