Soneto do Encontro...


Com que prazer te vi chegar um dia,
apenas a manhã desabrochara,
se não viesses eu continuaria
buscando a tua luz que tudo aclara.

Trazes o lenitivo à nostalgia
em que minha existência naufragara;
perdoa-me sentir tanta euforia,
porque tardando mais, menos te amara...

Os versos que componho ansiosamente
são os frutos do sonho; a primavera
que representas para mim agora.

Quando te vejo, torno-me contente
e sinto que se foi tão longa a espera,
valeu a pena o inferno da demora.


Soneto do Encontro - Menestrel sem Juizo

Querido Menestrel, obrigada por me emprestar seus versos pra dizer o que sinto...

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aos (im)possíveis leitores

"Quem és tu que me lês? És o meu segredo ou sou eu o teu?"
Clarice Lispector

sobre mim...

“Sempre tive a sensação de mal-estar no mundo, uma sensação de não caber no meu espaço, um desconforto diante de meus pares – eu me pergunto: tenho pares? Eu sabia que em mim há uma mulher que tento esconder ferozmente. Tenho medo que as pessoas identifiquem meus excessos, essa quantidade absurda de pernas e braços que camuflo sob a roupa que visto. O que diriam se soubessem das muitas que vivem em mim e tentam bravamente, numa luta corporal, projetar-se do meu corpo? Tomar-me-iam por uma aberração?”

Clarice Lispector