Duas noites apenas...

Duas noites apenas e nada mais
Mas o suficiente para reviver a chama
Que estava quase a se apagar
Por falta de lenha que a fizesse crepitar

Onde o tempo, embora presente, deixa de existir
E a reflexão cede lugar ao sentir e pensar
Envolvendo corpo, alma e tudo mais
Em prol de um único objetivo... “amar”

Para que a pele se tornasse mais rosada
Afim de manifestar
O intenso prazer sentido
Entre dois corpos a se tocar

E se deliciando de toques mil
Sentindo cada vibração como um presente
Nesta vida ausente de emoções
É que percebo a transformação que pode causar

Duas noites apenas... e nada mais...?!



em 24/11/03


1 comentários:

joão m. jacinto & poemas 20 agosto, 2006 06:29  

Estimada e amiga poeta Claudia

É sempre agradável visitar o seu espaço de poesia e descobrir este seu belo poema de amor.
Continue atenta aos sinais, para poder transmitir quase tudo e/ou tudo.
Abraço,
joão jacinto

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aos (im)possíveis leitores

"Quem és tu que me lês? És o meu segredo ou sou eu o teu?"
Clarice Lispector

sobre mim...

“Sempre tive a sensação de mal-estar no mundo, uma sensação de não caber no meu espaço, um desconforto diante de meus pares – eu me pergunto: tenho pares? Eu sabia que em mim há uma mulher que tento esconder ferozmente. Tenho medo que as pessoas identifiquem meus excessos, essa quantidade absurda de pernas e braços que camuflo sob a roupa que visto. O que diriam se soubessem das muitas que vivem em mim e tentam bravamente, numa luta corporal, projetar-se do meu corpo? Tomar-me-iam por uma aberração?”

Clarice Lispector